13 motivos para eleger Lula presidente do Brasil

Lula é um defensor de todas as famílias brasileiras e não somente da sua e fará prosperar um Brasil repleto de esperança, oportunidade e amor.

O Brasil vive hoje a eleição mais importante desde o período de sua redemocratização e o que está em jogo é muito mais do que os próximos 4 anos. O que está em jogo de um lado é a possibilidade de um futuro com mais soberania, justiça e humanidade e de outro a barbárie anunciada com o que seriam mais 4 anos de governo Bolsonaro.

O resultado das urnas no dia 2 de outubro deve ser comemorado na medida em que concedeu ao ex-presidente Lula mais de 6 milhões de votos a frente do atual presidente, mesmo contra toda a “máquina” do governo e o aparato de mentiras que segue a todo vapor nestas eleições.

No entanto, os 51 milhões de votos do atual presidente devem ser vistos com muita atenção, pois indicam uma necessidade de ampliar o diálogo com parcela importante da população brasileira para que não triunfe aquela crença do Tiririca de que “pior que tá não fica”.

Eu, como cidadão brasileiro, que aprendi desde muito cedo com minha mãe a ter uma fé inabalável em nosso país, me sinto no dever de compartilhar 13 motivos para eleger Lula presidente do Brasil. A propósito, vejo ainda gente muita honesta e querida se movendo por mentiras como a de que “Lula vai fechar igrejas”, quando na realidade o Brasil se encontra com a “faca no pescoço” com a fome que atinge 36 milhões de brasileiros, o alto desemprego e o custo de vida insuportável.

Convido você também a desde já compartilhar esse grito de alerta com outras pessoas.

MOTIVO 1 – O BRASIL ATUAL ESTÁ ARRASADO

Ao conversar com gente querida e amiga que vota em Bolsonaro vem sempre o argumento da “pandemia como responsável do insucesso da economia”. É fato que a pandemia afetou o Brasil e o mundo, mas é fato que a situação do país já vinha bem ruim antes dela, como na alta dos preços e nos altos índices de desemprego e da informalidade do trabalho.

Além do que, cabe destacar que o governo reagiu mal desde o primeiro dia em que se descobriu a propagação do vírus, primeiro negando sua existência, depois não enfrentando suas consequências devidamente. Os 600 reais que hoje o presidente ostenta como auxílio Brasil só foi possível pela proposição da oposição no parlamento que obrigou o governo a, assim como em tantos países pelo mundo, colocar dinheiro nas mãos do povo.

MOTIVO 2 – PANDEMIA

É evidente que Bolsonaro não pode ser culpado pela pandemia em si. Como disse o ex-presidente Lula em entrevista ao programa do Ratinho, a pandemia é um fenômeno da natureza em reação a maneira degradante como o homem vem tratando o meio ambiente.

No entanto, é importante lembrar que a primeira reação de Bolsonaro foi tratar a pandemia como uma “gripezinha”, se posicionar contra a vacina e, em consequência, atrasar sua compra. Bolsonaro zombou também das pessoas que ficaram doentes e chegou a declarar que não era coveiro ao ser perguntado sobre as mortes causadas pela COVID.

Um dado apresentado pelo então candidato Ciro Gomes durante o primeiro turno da campanha é revelador: O Brasil possui 3% da população mundial, porém teve 11% dos mortos da pandemia. Das 687 mil mortes registradas no Brasil até o presente momento é certo que pelo menos metade delas poderiam ter sido evitadas com o enfrentamento adequado da pandemia.

3 – MAS A GASOLINA BAIXOU…

Muitos brasileiros tem neste momento uma sensação melhor em relação ao custo de vida do país, pois não temos mais preços tão exorbitantes da gasolina e do etanol, que chegaram a ultrapassar 10 reais o litro em alguns estados, no caso da gasolina.

No entanto, é importante destacar que a redução dos preços se deu via redução de impostos, retirando dinheiro de setores essenciais como saúde e educação, como o próprio presidente da Petrobrás declarou no momento da redução dos combustíveis.

É como descobrir um santo para vestir o outro, o correto a ser fazer é mudar a política de preços da Petrobrás que desde o governo Temer atrelou o preço dos combustíveis aos preços internacionais do petróleo, o que na prática beneficia os acionistas da Petrobrás enquanto penaliza o conjunto do povo.

Outro fator determinante tem sido as recorrentes vendas de refinaria da Petrobrás, o que torna o Brasil mais dependente do mercado internacional e também coloca em cheque o dito nacionalismo de Bolsonaro.

Outro ponto importante diz respeito ao preço do diesel, que segue intocado e é o preço que mais impacta na vida do brasileiro, pois a maior parte do transporte rodoviário é feito com base neste combustível.

Recentemente, o economista Eduardo Moreira lançou um alerta para toda população: encham seus tanques antes das eleições pois o preço da gasolina vai voltar a subir no dia seguinte. Pode parecer piada ou mesmo alerta eleitoreiro mas não é, pois tal redução só se sustenta com a ampliação crescente dos cortes em setores básicos para sociedade brasileira como saúde, educação e segurança pública.

4 – CORRUPÇÃO

Esse é, sem dúvida, um tema bastante sensível e que mais mobiliza o discurso anti-PT, partindo de aspirações mais do que legítimas de muita gente trabalhadora e honesta. De fato, a corrupção é um dado de nossa realidade e nenhum governo conseguiu passar ileso a ela. No entanto, os governos do presidente Lula e da presidenta Dilma tem bastante mérito no enfrentamento a corrupção pois instituíram leis fundamentais como a lei da transparência e a lei de acesso a informação.

Fato que não anula a existência de escândalos em seus governos, mas que demonstra um real compromisso no enfrentamento a este tema tão sensível e caro para toda sociedade.

No entanto, é importante ainda destacar que do ponto de vista do enriquecimento pessoal ilícito nada desabona o ex-presidente Lula, dada suas vitórias em todos os processos judiciais. Diferente do atual presidente e seus filhos, afundados em denúncias como a compra de 51 imóveis em dinheiro vivo, o que coloca em cheque todo o discurso anti-corrupção do atual presidente, além das espantosas medidas que decretaram sigilo de 100 anos (!!!) em questões relacionadas a sua família.  

São inúmeras denúncias que pipocam também no governo Bolsonaro, como o esquema das rachadinhas, os pedidos de propina em dinheiro e até barras de ouro no âmbito do Ministério da Educação e o orçamento secreto que se anuncia, conforme denúncia da ex-candidata a presidente Simone Tebet, como o maior escândalo de corrupção de todos os tempos, dado que já são 65 bilhões de reais em 3 anos de governo.

5 – OBRAS PARADAS

Creio que esse é um exercício bem importante de se fazer: O que o Bolsonaro construiu de novo no Brasil? Seja pensando numa grande obra, ou numa Universidade, ou num hospital, me parece bem desafiador enxergar o que o governo fez.

Outro dado gritante são as obras paradas. Segundo informação da Agência do Senado Federal, “o Brasil tem mais de 14 mil obras inacabadas, em contratos que somam R$ 144 bilhões. São escolas, hospitais, pontes, praças, estradas, ciclovias, quadras esportivas, mercados públicos, abrigos, casas populares, aterros sanitários, sistemas de saneamento e urbanização, terminais de passageiros e uma infinidade de outros empreendimentos esquecidos num limbo aparentemente insuperável — mas incrivelmente dispendioso.”

Portanto, não é por acaso que muito da defesa de Lula para presidente está ligada a uma memória do passado em que muito foi feito e construído e não se trata de um mero saudosismo, mas na confiança de que Lula está ainda mais preparado para fazer mais e melhor.

6 – BOLSONARO DEFENDE TORTURA

Eu creio, com toda bondade que guardo em meu coração, que muita gente “passa pano” para as atrocidades que Bolsonaro defende porque vivemos, ainda que com todos as ameaças, numa democracia.

Mas isso não faz de Bolsonaro alguém menos abjeto por defender e glorificar torturadores como Brilhante Ustra, um dos seres mais desprezíveis que o Brasil já produziu. Quer gostemos ou não também dessa informação, mas se hoje muitos de nós gozamos de bom grau de liberdade é porque no passado tantos lutaram contra o regime da ditadura militar e pagaram o preço com a própria vida.  

Recentemente o empresário e magnata Roberto Justus lançou um vídeo em defesa do atual presidente onde o caracteriza como alguém que de vez em quando é “infeliz em suas colocações”. Trata-se de uma redução oportunista para ocultar que o lado atroz de Bolsonaro constitui a gênese do seu caráter. Bolsonaro não é um “tiozinho” mal educado mas sim um sujeito danoso e odiento.

7 – O IMPÉRIO DA MENTIRA

O que mais impressionou tanta gente em 2018 foi como um governo conseguiu ser eleito diante de tanta mentira. Insanidades como “mamadeira de piroca” e outras baboseiras deram o tom do “sub mundo” da campanha de Bolsonaro fazendo com que fosse eleito o presidente sem um mínimo programa de governo.

No entanto, talvez seja ainda mais impressionante como a tática persiste. Ainda que não na proporção de 2018, dado também as medidas mais efetivas de combate as fake News por parte da justiça eleitoral, mas o expediente segue o mesmo, qual seja, de criar fantasias que ocupam seriamente a preocupação de tanta gente.

No “fabuloso” sub mundo de Bolsonaro o grande tema agora é o “banheiro unissex” que supostamente será construído nas escolas. Ora, meus amigos, com toda honestidade: Onde está escrito isso no programa do ex-presidente Lula? Vamos combinar, num Brasil com 36 milhões de pessoas passando fome, não existe o mínimo de pudor em tentar colocar uma bizarrice dessa como questão principal do debate de campanha?

Tudo isso não passa de cortina de fumaça para tirar do centro do debate os grandes problemas nacionais como a fome, o desemprego e a alta dos preços.

8 – MULHERES, NEGROS, LGBTS

Bolsonaro faz questão de desfilar seu ódio de maneira recorrente contra as mulheres, os negros e os LGBT’s (lésbicas, gays, bissexuais e travestis). São diversas declarações contra estas parcelas que juntas somam bem mais que a metade da população brasileira.

Uma rápida pesquisa na internet mostra declarações altamente estúpidas e desrespeitosas do atual presidente, a exemplo da brutalidade dirigida a então deputada Maria do Rosário do PT do Rio Grande do Sul quando Bolsonaro, ainda quando estava como deputado federal, disse “não te estupro porque você não merece”.

A verdade é dura, mas em nome de um antipetismo o que vemos é muita gente esclarecida abraçar um cara que defende a tortura e odeia negros, gays e mulheres.

9 – BRASIL NO EXTERIOR

Quando saiu no último dia 02 de outubro parciais das votações para presidente ao redor do mundo logo circulou uma “piada” carregada de verdade: “o brasileiro está cansado de explicar no exterior como temos um presidente como Bolsonaro”.

O fato é que o Brasil perdeu protagonismo no cenário internacional nestes últimos 4 anos, quadro bastante diferente do que vivemos durante os governos de Lula quando o país ocupou um lugar de destaque em temas tão sensíveis como o enfrentamento da pobreza e a preservação ambiental.

Não se trata de um dado menor, pois a inserção internacional do Brasil diz respeito a possibilidade de nos tornarmos um país desenvolvido, dotado de respeito e soberania.

10 – MAS BOLSONARO ENFRENTOU A GLOBO

Bolsonaro pagar de “anti-sistema” e de alguém que luta “contra tudo isso que está aí” é uma das maiores fake News que circula entre seu eleitorado. Um argumento recorrente é que o governo fechou a torneira da Rede Globo.

Somente no ano de 2022 no período que foi de 1º de janeiro até 21 de junho foram repassados para a Globo a quantia de quase 11,5 milhões de reais para campanhas publicitárias do governo, frente a 6,5 milhões repassados no ano de 2021.

Portanto, Bolsonaro não é anti-globo e nem muito menos anti-sistema. Bolsonaro é um defensor ferrenho dos interesses dos super-ricos do Brasil e um batedor de continência para a bandeira dos Estados Unidos, apesar de volta e meia pousar de chinelo havaianas e tomar café em copo de requeijão.

11 – SEGURANÇA PÚBLICA

Esse é outro ponto sensível do debate público dado o caráter extremamente violento de nosso país, que possui números de mortes que superam as mortes de muitas guerras. Esse também é um ponto de força do atual presidente, dado sua origem militar e sua aliança aberta com setores militares nos mais diversos âmbitos.

No entanto, apesar de Bolsonaro se vangloriar da redução de índices de violência, como na redução do número de homicídios que caiu 6% de 2020 para 2021, o que dizem os especialistas é que tal redução tem se verificado por acordos feitos no âmbito do tráfico de drogas, considerando que as facções vem utilizando menos o expediente de assassinato para controle de seus negócios.

De outra parte, a explosão de armas de fogo nas mãos de colecionadores no Brasil que saiu de 255 mil armas em 2018 para 1,1 milhão em 2021 faz como que elevem índices como os de violência doméstica, brigas de trânsito e bar, suicídios e acidentes em casa envolvendo crianças, dentre outros, o que também impacta de maneira decisiva nos índices de violência do país.

Outra fake News bastante comum é que Lula passa pano pra malandro quando no fundo trata-se de uma dificuldade imensa de alguns setores da sociedade em admitir  que parte da violência é produto das imensas desigualdades sociais, o que não significa que o Estado deve abdicar do seu caráter repressor.

A aposta na criação de empregos, de vagas no ensino público, no estímulo ao empreendedorismo dentre outros tantos compromissos do programa de Lula e Alckmin são as maiores apostas num país mais justo e menos violento, mas sem deixar de lado o tema da segurança pública como no compromisso de valorizar os profissionais da segurança, investir na capacitação destes profissionais, enfrentar o crime organizado e as milícias e criar um Sistema Único de Segurança Pública, promovendo a modernização do sistema de segurança.

12 – MAS BOLSONARO NÃO FEZ NADA DE BOM?

Como diz o ditado, até um relógio parado acerta a hora duas vezes ao dia. Não estou entre aqueles que creem que nada deve ser valorizado no adversário, seguramente que há bem feitos no governo de Bolsonaro e seguramente alguns produzidos por suas ideias.

Um exemplo que pra mim parece evidente é o PIX, devidamente colocado em sua propaganda eleitoral como um feito de seu governo e que entendo que é algo de bom que vai constar no seu currículo.

No entanto, no balanço geral não tenho dúvidas que os resultados são nefastos, sobretudo porque medidas que agora sustentam sua popularidade (como o auxílio Brasil e o preço dos combustíveis) não se sustentam sem uma mudança mais profunda nos rumos da economia do Brasil, a exemplo do que defende o programa do presidente Lula ao propor medidas como a elevação do investimento público e a revisão da política de preços da Petrobrás.

13 – LULA FEZ E FARÁ

É legítimo que se queira renovação, num cenário ideal gostaríamos de estar sob a condução de novas lideranças e não “recorrendo” a um “ex”. Lula mesmo disse algumas vezes que ele não precisava retornar a presidência, dado que já se sente com seu dever cidadão mais do que cumprido, pois foi presidente duas vezes e saiu em 2010 como o presidente mais bem avaliado da história.

No entanto, a nova candidatura do ex-presidente se colocou como um imperativo em defesa da democracia e da unidade nacional para derrotar “a mistura do mal com o atraso”. E como disse recentemente Lula em um de seus posts de campanha, “a democracia vai além de preservar a liberdade política. É também a defesa do direito dos cidadãos de ter oportunidade de estudar, de trabalhar, de ter moradia digna e de fazer pelo menos três refeições por dia”.

Lula fez e fará. Uma análise honesta da realidade brasileira, para além dos arroubos como aqueles que diz que o PT foi “o governo mais corrupto da história” demonstra que tivemos com o PT governos populares que “botaram o povo na economia”, com aumento real de salário mínimo, políticas de ativação de consumo, crescimento econômico com inclusão social e a construção de reservas internacionais de mais de 400 bilhões de dólares que ainda hoje “seguram as pontas do nosso país” frente a vulnerabilidades externas.

Lula é um defensor de todas as famílias brasileiras e não somente da sua e fará prosperar um Brasil repleto de esperança, oportunidade e amor.

Dia 30 de outubro, vamos de 13! Sammer Siman é economista, mestre em Política Social e doutorando em Economia Política Mundial pela UFABC. Ex-membro da Direção Nacional da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, Gestor do Observatório dos trabalhadores terceirizados e autônomos e membro do Coletivo Novo Bandung.

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