A luta pelas melhores condições dos trabalhadores terceirizados e seu maior grau de organização passa pelo esforço permanente de conhecer o seu perfil e sua realidade em termos de trabalho, acesso a direitos e organização sindical.
Apresentamos o artigo de Francisco Demetrius Monteiro Rodrigues, José Márcio dos Santos e Priscila de Souza Silva publicado na revista da ABET (Associação Brasileira de Estudos do Trabalho) que traça o perfil dos trabalhadores terceirizados no Brasil no mercado de trabalho formal brasileiro entre os anos de 2006 e 2018.
Conforme dito pelos pesquisadores, o principal objetivo do estudo foi traçar o perfil sociodemográfico e socioeconômico dos trabalhadores terceirizados, utilizando como principal fonte de dados a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A propósito, conforme justificam na realização do estudo “diariamente, difundem-se na sociedade os inúmeros benefícios econômicos, as diversas estratégias de eficiência e os ganhos de competitividade que as atividades terceirizadas propiciam tanto no setor privado como no público”, o que fez com que a terceirização se tornasse um assunto muito polêmico.
Os principais resultados do estudo mostram um aumento expressivo do número de trabalhadores terceirizados entre 2006 a 2018. Quanto ao perfil dos terceirizados, esses são majoritariamente do sexo masculino, têm entre 30 a 39 anos de idade, cursaram do ensino médio completo até o superior incompleto, permaneceram menos de um ano no mesmo emprego e auferem entre um e dois salários mínimos.
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