Limpeza vira profissão de risco na pandemia

62% dos internados por pelo menos um dia nos hospitais da Grande Belo Horizonte são faxineiros, garis e auxiliares de limpeza

Levantamento feito pelo jornal Estado de Minas com base na PNAD demonstra quem são os profissionais mais internados na pandemia: 62% dos internados são faxineiros, garis e auxiliares de limpeza, 30% são aposentados, 6,5% são empregados domésticos, diaristas e cozinheiros, seguido por técnico ou profissional de saúde de nível médio (0/3%), vendedor (0,3%), caminhoneiro (0,3%), entregador de mercadorias (0,3%), auxiliar de produção (0,3%) e outros (0,3%).

O levantamento comprova aquilo que o OTTS tem afirmado de maneira recorrente: Quem paga a conta mais cara da pandemia são os trabalhadores terceirizados e precários em geral, sendo que os faxineiros, garis e auxiliares de limpeza são profissões tipicamente terceirizadas no Brasil.

A informação, extraída pela reportagem do jornal Estado de Minas da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) COVID-19, do IBGE, foi realizada entre maio e novembro de 2020 em 295 residências em que pessoas foram hospitalizadas na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Ainda conforme a reportagem, “de acordo com a pesquisa do IBGE, o vírus pandêmico levou para os leitos hospitalares, bombas de oxigênio e respiradores as profissões de pessoas humildes, que vivem com menos de um salário e meio por mês e necessitam de se expor ao transporte público abarrotado para realizar o ofício que traz pão para a mesa de suas casas. A renda média dos faxineiros e auxiliares de limpeza internados pelo menos um dia devido à COVID-19 é de R$ 1.482, segundo a pesquisa.”

Confira aqui na íntegra a reportagem.

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