Estudo apresenta dimensões da terceirização e precariedade do trabalho no setor elétrico brasileiro

Os pesquisadores analisaram os dados de acidente de trabalho entre os anos de 1999 e 2017, chegando a ocorrer 3.304 acidentes no ano de 2007, sendo 281 no Estado de Minas Gerais e 305 no Estado do Paraná.

Os pesquisadores Igor Silva Figueiredo (Faditu) e Mariana Bettega Braunert (UFPR) elaboraram estudo que apresenta dimensões da terceirização e precariedade do trabalho no setor elétrico brasileiro. O artigo publicado analisou algumas dimensões da terceirização e precariedade do trabalho em duas importantes companhias estatais de energia elétrica do Brasil: a Cemig, do Estado de Minas Gerais e a Copel, do Estado do Paraná.

Através da análise de dados quantitativos e qualitativos, obtidos por meio de entrevistas realizadas principalmente com trabalhadores e dirigentes sindicais das empresas analisadas, os pesquisadores constataram um aumento crescente das contratações indiretas, que constitui uma das principais estratégias de redução de custos e aumento da produtividade.

Entre os tantos aspectos que acompanham a precariedade do trabalho terceirizado, como o rebaixamento salarial e o enfraquecimento das lutas coletivas, foi ressaltado o aumento do número de acidentes de trabalho, que se revela como a dimensão mais preocupante do processo de terceirização de atividades que, por sua própria natureza, colocam os trabalhadores em situação de alto risco, como é o caso das desempenhadas por empresas do setor elétrico.

Os pesquisadores analisaram os dados de acidente de trabalho entre os anos de 1999 e 2017, chegando a ocorrer 3.304 acidentes no ano de 2007, sendo 281 no Estado de Minas Gerais e 305 no Estado do Paraná. Apesar de não ser possível distinguir explicitamente a quantidade de acidentes de trabalhadores do quadro próprio das empresas daqueles ocorridos com trabalhadores terceirizados é possível verificar o aumento expressivo da terceirização no setor elétrico brasileiro, conforme aponta estudos do DIEESE.

O artigo completo está disponível na plataforma Scielo e pode ser acessado aqui

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