A escassez de informações sobre os riscos que correm pessoas obrigadas a sair para trabalhar durante a pandemia uniu um grupo diversos de pesquisadores que, desde outubro de 2020, coletam dados a respeito.
Inicialmente com seis pesquisadores diretamente envolvidos com saúde do trabalhador, o grupo tem hoje 28 membros entre médicos, psicólogos, cientistas sociais, filósofos, assistentes sociais e químicos; e mantém seis questionários online de alcance amplo e inclusivo.
O boletim apresentado é uma compilação inicial dos dados quantitativos coletados por meio de questionários e está relacionado à primeira fase da pesquisa. A pesquisa conta com um questionário geral e cinco específicos voltados para bancários, radialistas, domésticas, autônomos/informais e imigrantes.
Os questionários incluem itens sobre condições do trabalho presencial, meios de transporte para ida e volta do trabalho, procedimentos seguidos pelas empresas no caso de adoecimento de trabalhadores, dentre outros.
O boletim foi apresentado durante o Encontro da ABET (ver aqui) e retrata diversas percepções dos trabalhadores como falta de água e sabão a vontade para lavar as mãos no local de trabalho, falta de álcool em gel, máscaras dentre outros fatores agravantes da doença como aglomerações no transporte público e falta de ventilação em ambientes como refeitório e vestiário.
A maior parte dos trabalhadores que responderam a pesquisa e que foram infectados pela COVID não tiveram a doença relacionada ao trabalho, com a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).
O boletim apresenta também informações relacionadas ao trabalho doméstico no Brasil e trabalhadores do serviço funerário, que fazem um serviço invisível, desvalorizado e tem o trabalho terceirizado.
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