O Ilaese – Instituto Latino americano de Estudos Sócio Econômicos elaborou um estudo que retrata a fundo a exploração dos trabalhadores no Brasil, a partir de uma nova metodologia que “desmascara a doença capitalista” e mostra o quanto de riqueza foi produzida no Brasil e como ela foi distribuída.
O estudo, que faz um diagnóstico amplo da exploração do trabalho no setor público e no setor privado, apresenta também dados relativos a terceirização, como na lista dos Estados e Municípios campeões da terceirização.
Conforme descrito em sua página 71, os 15 estados que mais terceirizaram no Brasil no ano de 2020 foram Maranhão, seguido por Sergipe, Distrito Federal, Bahia, Goiás, Piauí, Ceará, Alagoas, Roraima, Rio de Janeiro, Pernambuco, Santa Catarina, Paraná, Amazonas e Amapá. O Maranhão, para citar um dado do estudo, gastou aproximadamente 3,5 bilhões de reais no ano de 2020 com pessoal terceirizado, o que representou 19,1% da sua receita total. Já o Amapá gastou 516,2 milhões de reais, o que representou 7,77% da sua receita total.
Já os 15 municípios campeões da terceirização no ano de 2020, conforme descrito na página 77 do estudo, foram Salvador, Curitiba, Nova Iguaçu, Maceió, Belo Horizonte, Campinas, Itajaí, Natal, Macapá, Fortaleza, Teresina, Goiânia, Rio Branco, Campo Grande e Cuiabá. A cidade de Salvador gastou aproximadamente 2,4 bilhões em atividades terceirizadas, o que representou 31,33% da sua receita total. Já a cidade de Cuiabá gastou 635,9 milhões em atividades terceirizadas, o que representou 21,58% de sua receita total.
O Ilaese, conforme descrito na apresentação do estudo, “é um instituto de formação política e teórica a serviço dos movimentos sociais, cujo objetivo é auxiliar a nova geração de ativistas a se formar no campo do marxismo revolucionário como concepção de luta dos trabalhadores e da juventude. Queremos contribuir para que os sindicatos e as organizações sociais se convertam em alavancas da transformação social.”
Seu estudo, mais do que um mapa, se coloca como um verdadeiro tratado sobre a exploração do trabalho no Brasil e merece ser lido, difundido e estudado pelas mais diversas organizações do movimento sindical e popular.
O estudo completo encontra-se aqui.
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